As sete dores e alegrias de São José

   Em 1621, o Papa Gregório XVI inscreveu a festa de São José no calendário de toda a Igreja, e também fomentou a devoção dos sete domingos de São José, concedendo-lhe muitas indulgências.

As dores e alegrias de São José, expressam dois lados de uma mesma moeda, de modo que até o aparente mau causado à sagrada família, pode-se converter em bem, como veremos a seguir. 


1. O mistério da Encarnação


Dor: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo" (Mt 1,18).  


Após Maria conceber do Espírito Santo, São José, que nunca duvidou da pureza de sua esposa, conviveu com a perplexidade de tamanha notícia. Por isso, para que ninguém pudesse difamar a Santíssima Virgem, decidiu deixar a grande revelação em segredo.


Alegria:   "O anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo" (Mt 1, 20-21). 

Depois da indescritível angústia de ter decidido partir em segredo para preservar a reputação da Virgem Maria, o Anjo revela a São José a boa nova da vinda do Senhor. 





2. O nascimento de Jesus Cristo



Dor: "Veio para o que era seu, e os seus não o acolheram" (Jo 1,1).

 Na noite fria do Natal, o Cristo vinha ao mundo, mas São José, aflito, não pôde garantir sequer uma estadia digna à sua família, que fora obrigada a pousar em uma estrebaria. 

Alegria: Foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido, deitado na manjedoura (Lc 2,16).

Toda a aflição por não ter conseguido pousada para a Sagrada Família se desfez no coração de São José quando viu e adorou o menino Jesus rodeado por anjos nos braços de Nossa Senhora.








3. A circuncisão de Nosso Senhor


Dor: "Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido" (Lc 2,21).

Foi nesta ocasião que São José viu, com dor, as primeiras gotas de sangue derramadas pelo Redentor da humanidade. 

Alegria:  "A quem porás o nome de Jesus, será chamado Filho do Altíssimo..., e o seu reino não terá fim" (Lc 1, 31 e 32).

Nesta hora, São José viveu a intensa alegria da honra de poder nomear o Salvador do mundo, chamando-o pelo nome de Jesus.  





4. A apresentação do templo


Dor: " Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações." (Lc 2, 34).

Naquela apresentação cerimonial, o profeta Simeão revela o destino daquele menino. São José, então, compreende a Paixão de Jesus e as amarguras pelas quais passará sua amada Esposa. 

Alegria: " Porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações." (Lc 2, 30.32).

Ao perceber pelas palavras proféticas de Simeão o destino do menino Jesus, São José alegra-se porque compreende que, por Ele, muitos seriam salvos.






5. Fuga e permanência no Egito



Dor: "O Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise!" (Mt 2,13).

O infanticida Herodes queria matar Jesus, e São José, avisado pelo Anjo, precisou fugir às pressas, conduzindo sua preciosa família pela escuridão da noite rumo ao Egito.

Alegria: "Ali ficou até à morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: 'Do Egito chamei o meu Filho" (Mt 2,15)

Mesmo nas agruras do exílio, São José sempre manteve junto de si o mais precioso bem de sua vida: sua Sagrada Família, a companhia de Jesus e da Santíssima Virgem.




6. O retorno do Egito


Dor: "José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, entrou na terra de Israel. Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá." (Mt 2, 22).

Ao voltar com a família para o Egito, São José soube que quem governava a Judéia era Arquelau, filho de Herodes. Temendo pela vida de São Jesus, teve medo de ir para lá e decidiu ir para Nazaré. 

Alegria: "Depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno" (Mt 2,23).

São José sentiu a felicidade de voltar à humilde casa de Nazaré, sua terra, onde poderia viver até o fim da vida, na intimidade de Jesus e Maria. 




7. Perda e reencontro do menino Jesus


Dor: "Começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura" (Lc2, 44)

Durante três dias, São José e a Virgem Maria percorreram, aflitos, as ruas de Jerusalém em busca de Jesus, que havia desaparecido. A ausência do divino filho machucou o coração dos pais. 

Alegria: "Três dias depois, O encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas." (Lc 2,45)

Que alegria quando, finalmente, encontrou o menino ensinando entre os doutores do templo! Depois da angústia da perda, a felicidade em testemunhar a sabedoria do menino Jesus ofuscando a sabedoria dos homens.





Meditar estas dores, é parte da devoção à São José, e que muito nos ajudará a refletir a vida da sagrada família como um todo. Que buscamos nossa inspiração e exemplo de família, na família de Jesus, José e Maria!


Fontes:

Imagens e citações: Opus Dei e créditos da imagem;



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